Observatório Social destaca a participação do cidadão no monitoramento da aplicação dos recursos arrecadados em efetivos benefícios da coletividade.
Os contribuintes iguaçuenses pagaram a expressiva quantia de R$ 269 milhões em impostos, de janeiro a dezembro de 2021. O valor é aferido pelo Impostômetro, ferramenta da Associação Comercial de São Paulo que faz o monitoramento do montante e divulga os dados em tempo real.
Os tributos recaem a cidadãos e empresas. O imposto é cobrado não apenas por meio das guias que são quitadas na rede de recebimento, como também no momento das compras do dia a dia, que muitas vezes não são percebidos pelas pessoas, e incidem sobre o contrato de trabalho firmado entre empregados e empreendimentos.
O alto valor recolhido suscita a relação entre imposto e o seu retorno à coletividade, na forma de melhorias para a cidade e de serviços públicos à coletividade. Nesse contexto, o Observatório Social do Brasil – Foz do Iguaçu (OSB – FI) destaca a importância da educação fiscal, em que o cidadão acompanha a aplicação dos recursos do município.
“O imposto tem uma função social muito bem clara, que é a de custear políticas públicas e investimentos para o desenvolvimento da cidade”, enfatiza Danilo Vendruscolo, presidente do OSB – FI. “No Observatório Social, somos um instrumento para que as pessoas possam fiscalizar como está sendo gasto o dinheiro que é de todos, a partir de um método”, frisa.
“É essencial a boa e eficiente aplicação dos recursos arrecadados para a melhoria efetiva da qualidade de vida da população”, aponta o dirigente do Observatório Social. “Nesse sentido, a entidade faz um trabalho minucioso das licitações da gestão pública municipal, primando pela economia aos cofres públicos e a qualidade das compras”, completa.
Segundo ele, a entidade iguaçuense também promove campanhas para demonstrar essa relação entre arrecadação de impostos e serviços públicos. “Estamos abertos para empresas, escolas e universidades interessadas em debater essa temática por meio de palestras e diálogos. Esse trabalho faz parte da nossa missão”, expõe Danilo Vendruscolo.
Dias trabalhados para pagar impostos
Sem o equivalente em dados municipais, estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) revela que os brasileiros precisaram trabalhar de janeiro ao fim de maio do ano passado para pagar impostos. Foram necessários, precisamente, 149 dias para que arcar com a carga de tributos no país.
O cálculo considera a média de impostos federais, estaduais e municipais que incidem sobre renda, patrimônio e consumo e que correspondem a 40,82% do rendimento médio do país. Segundo o instituto, a média de dias trabalhados para pagamento de impostos em 2021 é superior ao dobro do calculado na década de 1980.
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